Para alguns cenários não precisamos ter bola de cristal para tentar entender o caminho futuro. Hoje aparelhos como iPhone e Nokia N95 são tão complexos e ao mesmo tempo portáteis que ficamos imaginando como a mobilidade da informação vai evoluir. Bom, empresas fornecedoras de componentes para estes aparelhos (e também desenvolvedora de produtos finais) como a Samsung estão trabalhando duro no desenvolvimento de memórias em estado sólido (meu Pai comentava isso há 15 anos…) para substituir qualquer peça móvel nos aparelhos. Isso diminui o peso total, o consumo de energia e aumenta a velocidade de acesso aos dados. Os primeiros laptops com estas memórias começam a chegar no mercado. Obviamente, eles são leves, rápidos e as baterias duram muito.

Por outro lado, pesquisas nos chips de rádio usando a nanotecnologia como o pessoal de Berkeley diminuem o tamanho, e a energia, para estes aparelhos se comunicarem. Qualquer acesso envolvendo fios deve realmente desaparecer, pois ficará até mais caro fazer da maneira antiga.

Claro, que processadores e baterias também continuam neste pique de evolução. O que fazer com esta possibilidade toda? Bom parece que a Apple está mostrando o caminho. Quanto mais trabalho na interface e processamento maior pode ser a facilidade de uso e acesso a funções de maneira transparente. Não é preciso sair enchendo de possibilidades que só se transformam em itens de marketing. Na universidade temos a missão de tentar prever as possibilidades porque nossos alunos só se formam em um período de 4 anos. Neste tempo estamos vendo que tudo muda e que nem o mercado sabe direito o que precisará. Por isso, não podemos ficar dependendo do mercado e precisamos direcionar as nossas pesquisas neste sentido. Memórias em estado sólido e nanotecnologia também tem a ver com as possibilidades de comunicação no futuro. Escrevo isso porque esta semana tive o exemplo de duas alunas, uma que já esta formada e outra que sai no próximo semestre, que foram resultados deste empenho. Elas estão ocupando posições de destaque que não existiam antes.  Isso gratifica muito mesmo.