Quando surgiu o primeiro MacBook AIR em 2008 eu estava realmente empolgado. Finalmente um computador que era razoavelmente poderoso para 80% das minhas atividade e que eu poderia carregar todo o dia sem dor nas costas. Usei ele por 2 anos inteiros nas mais diversas situações e realmente foi aprovado, claro que eu tive que adquirir um desktop mais poderoso para tarefas mais pesadas. Mas o sentido do AIR sempre foi de um segundo computador mesmo. O único problema dele era para processar vídeos mais pesados e outros tipos de tarefas mais árduas.
Eis que surge o iPad no começo do ano passado e eu comecei a usa-lo realmente como laptop, como reportei neste post. Se o AIR era leve o iPad me fez trocar a mochila por uma bolsa bem menor e tudo estava ainda melhor para as minhas costas. A questão é que para algumas tarefas, como programação, edição de video ou multimidia mais intensa o iPad precisava ficar em casa para o AIR entrar em ação.
Aí surge a nova geração do AIR e agora com um tamanho de 11 polegadas com quase a mesma dimensão do iPad. Perfeito! Vendi para um amigo o meu antigo AIR de 13 polegadas e comprei um AIR 11 com HD interno de 128 Gb solid state. Sempre sonhei com esta memória, mas era muito cara. O modelo mais barato vem com 64Gb, o sistema e as Apps como iLife ocupam 17gb. Mesmo assim, dá para trabalhar na boa se deixar as música para o iPhone.
Minha maior dúvida era entender como o sistema todo se portava, pois o processador baixou de 1.6 para 1.4, ainda que Core 2 Duo. O resultado é surpreendente, a adição de uma placa de vídeo poderosa (roda full HD sem problema) e a memória sem peças móveis deu uma agilidade imensa. Esta memória é como as dos iPads e iPhones e são muito rápidas. Ele dá um boot completo no sistema em 15seg e abre programas super rápido também. Aqui está a mágica, enquanto o antigo precisava de um sistema que baixava a velocidade do processador quando a máquina esquentasse, e tornava tudo muito lento, o novo não esquenta tanto e a velocidade está sempre mantida. A rapidez com que ele fecha, abre, dorme e acorda é impressionante. Realmente é o conceito do iPad em um Mac.
Para chegar neste conceito a Apple produziu um sistema de memória fora das caixas de HDs tradicionais e dividiu a bateria em 4 módulos individuais para poupar espaço. Por falar nela, aqui outra boa surpresa. É possível com o monitor em metade do brilho e WiFi ligado chegar as 5hs que a Apple promete. Com todo o brilho do monitor e intensa atividade a minha média é 3:30min. Para a operação offline, dá para chegar a 6hs tranquilamente. Dormindo ele chega a 30 dias, mas isto não testei 🙂 Outra questão interessante, é que a bateria é mais moderna e suporta 1000 ciclos de recarga completa. O antigo era 300 ciclos, o que para mim corresponde a dois anos de uso. Vale lembrar que um ciclo completo é quando a bateria está completamente morta e se carrega até o final. Pequenas recargas vão se somando até completar uma carga.
Outra dúvida era quanto a tela, baixar de 13 para 11 não seria desconfortável? O AIR 11 é o único laptop da Apple que tem uma tela com a proporção 16×9. A largura é praticamente igual ao irmão mais velho, a altura é que diminui. Mas a densidade de pixels aumentou com a resolução de 1366×768, o que na prática deixa o trabalho confortável. Eu aumentei as fontes no Mail, Twitter e Safari e pronto, já me acostumei bem.
Outra adição boa foi a segunda porta USB, isso ajuda bastante, mas para compensar não há mais teclado iluminado e porta infra-vermelha para o controle remoto. Uso a App Remote no iPhone para controlar apresentações com o Keynote.
Por fim, imagino que muita gente deve estar na dúvida entre comprar um iPad, um AIR 11 ou ainda um MacBook Pro. Bom, depende muito das tarefas de cada um, o iPad é muito bacana para leitura de revistas e sites e o MacBook para tarefas diárias. Então, eu olho para o meu dia e vejo quais são as tarefas e escolho um ou outro, ou ainda os dois! Sim, pois se eu colocar o Air 11 mais o iPad eu ainda estou mais leve que um MacBook Pro 13. Ainda levo a vantagem que se eu somar o tempo de trabalho dos dois só com bateria chego em algo em torno de 14hs de trabalho pesado. Ah, e as minhas costas ainda agradecem!
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