Review do iPhone 5

Fiz resenhas neste blog de todos os iPhones até aqui, procurem no arquivo e confiram como fui reportando as evoluções de cada geração. Este aparelho é mais uma geração dentro dos padrões evolutivos da Apple. A opinião geral era de que não existiam elementos suficientes para caracterizar como “inovação”! Mas vamos olhar agora de perto com hands on no aparelho e conferir o estado da evolução.

Hardware:


Ao pegar o iPhone 5 a primeira impressão é a que fica: ele é muito mais leve! Trocar o SIM para nano, mudar o conector e tirar uma camada de Touch do display foram os principais responsáveis por este feito.
A segunda surpresa é ao ligar o aparelho e começar a se acostumar com a tela widescreen e todo o espaço para mais conteúdo. Eu tinha medo que o aumento da tela prejudicasse a operação com uma só mão, no meu caso, ficou no limite. Eu tenho mãos médias e consigo ainda usar o polegar para toda a extensão da tela, algo que eu não conseguia com o meu Galaxy Nexus. Acho que isso aponta para o limite das telas dos smartphones, não acho que o caminho seja aumentar a tela sem uma razão clara. A Apple conseguiu uma boa fórmula, mas espero que fique por aí. Textos com letras pequenas quando em modo horizontal agora ficam confortáveis para ler e vídeos nativamente em 16×9 agora ficam muito melhores de serem visualizados. Jogos e Web também vão se beneficiar muito dos extra pixels. Me surpreendeu muito como a maioria dos grandes desenvolvedores já disponibilizou Apps adaptadas ao novo display, não espere isso no mundo Android…
O terceiro grande ponto do hardware é o processador A6, o primeiro 100% desenhado pela Apple e com vários avanços de arquitetura. Ele é dual core para processamento e tri core para gráficos, conforme algumas analises que foram feitas por sites especializados. Mas para o usuário final, o fato é que tudo está absurdamente rápido, desde sites até a abertura de Apps.
Este chip parece que tem um ganho enorme no desempenho da bateria, que mesmo sendo praticamente do mesmo tamanho do 4S consegue suportar o display maior e 4G (em alguns lugares mas não aqui) sem alteração do tempo de uso. Pude comprovar isso, minha rotina de uso do iPhone não mudou em nada.
Outro ponto menor, mas com bom impacto, é que agora existem 3 microfones para melhorar o cancelamento de ruídos durante uma ligação. Para vídeo, agora tem um microfone do lado da câmera que permite fazer uma entrevista com ótima qualidade de áudio. O alto falante também está bem mais claro e amplificado ajudando o FaceTime, Siri e chamadas em viva-voz.

Câmera:

Antes de falar da câmera principal é importante notar que a frontal agora é HD, filmando em 720p e possibilitando fotos bem aceitáveis. Fiz um FaceTime com outro iPhone 5 e realmente muda muito a percepção da conversa. Como a resolução é perto da máxima possível no display o resultado final é bem bacana. Eu estava com WiFi e vale lembrar que agora o FaceTime via 3G está liberado no iOS 6.
O módulo de captação de 8mp do 4S parece estar igual no 5. As mudanças são nas lentes alinhadas de forma diferente e a lente da ponta, que é de cristal safira para evitar arranhões. O processador A6 ajuda a melhorar as fotos com pouca luz e cores contínuas, como céu e mar. Além disso, o estabilizador em vídeos está melhor que o 4S. Tentei reproduzir uma comparação entre o 4S e o 5 em ambientes com pouca luz, sol e indoor.

 

As diferenças são poucas, mas em quase todas as fotos fica claro o melhor foco e sharpness das fotos no iPhone 5. O Consumer Report disse que o iPhone 5 só perde para o Nokia 808, com sua câmera de 41mp (que vou resenhar em breve). Cada vez mais podemos deixar as câmeras baratas em casa e utilizar o celular, o que está causando um vácuo no mercado. Por isso, a Samsung e Nikon apresentaram câmeras com Android, para tentar alavancar as vendas neste segmento médio.
Outro detalhe importante da câmera é que agora é possível tirar fotos enquanto se grava vídeos. Esta característica funciona perfeitamente e talvez seja a única função exclusiva do iPhone 5.

Demais detalhes:

Vale ressaltar os novos fones de ouvido. Apesar de não substituir fones na faixa dos U$ 100, ou mesmo os da própria Apple de U$ 79, eles possuem uma melhoria em relação aos originais. Para mim, eles sempre foram perfeitos para usar na rua, pois não bloqueiam o som ambiente. Os novos fones encaixam melhor no ouvido sem isolar o som e melhorando consideravelmente todos os tons.
Quanto ao software, nada muda em relação ao 4S além do fato dos pixels extras alterarem algumas Apps. A App da CNN foi para mim o melhor exemplo de aproveitamento do espaço para algo mais do que o aumento de algumas linhas de texto.

Sobre a polêmica dos mapas, me parece um pouco exagerada por um lado e justa por outro. Realmente, a Apple poderia ter esperado um pouco mais para aperfeiçoar os detalhes. Eles estão fazendo isso agora enquanto as pessoas usam. Foi um erro, sem dúvida. Mas por outro lado a própria Apple não está falando muito das vantagens do novo mapa em relação ao antigo. Ele agora é em vetor, com linhas e não imagens, o que consome menos dados e pode ser usado em modo offline em viagens. As legendas podem mudar de tamanho e estão sempre viradas na posição certa e girando com os dois dedos é possível mudar a posição das ruas para alinhar com o cenário real. Estas funções já estavam disponível no Google Maps para o Android e por isso a Apple precisava em algum momento quebrar este contrato. Para os desenvolvedores será melhor também, pois a Apple controla as APIs agora.
Outro ponto é o novo conector Lightning, que é mais leve e pode ser ligado de qualquer lado, o que é muito prático mesmo. O problema é que não há ainda adaptadores para os antigos acessórios, acho que a Apple poderia ter colocado um na caixa. O pior é que nem o adaptador ou o cabo USB estão a venda neste momento deixando os usuários na dependência do cabo da caixa. Esta transição poderia ser mais sutil!
O sistema de WiFi agora conta com a frequencia de 5ghz e parece ter o sinal melhorado.

Quanto a cor, eu sempre fui fã do branco, que agora tem uma lâmina de alumínio na cor original do componente na parte traseira. A versão preta agora é realmente toda preta. Achei linda e elegante e fiquei na dúvida na hora de comprar, mas alguns reports na Web mostram que ele é mais propício a arranhões. Faz sentido, pois o alumínio preto é pintado, e esta é a fonte de problemas. Fico com o branco então que tem também uma borda metálica linda.

Conclusão:

A chamada no site da Apple é “The biggest thing to happen to iPhone since iPhone”. Esta frase mostra exatamente o que a Apple pensa: o iPhone é uma “entidade”! Ele mudou a cara deste mercado e é utilizado por milhares de pessoas no mundo inteiro. No vídeo de apresentação o Jony Ive (VP de design) comenta que ele é o objeto que as pessoas carregam todo o tempo. Por isso, as transformações tem que ser graduais. Não se pode alterar drasticamente o modo como as pessoas se relacionam com o aparelho. Mas as mudanças formam em parte invisíveis, como o processador, que faz tudo ficar mais rápido sem que o usuário fique pensando sobre isso. Por dentro, talvez seja a maior revolução entre uma geração e outra, junto da do 3Gs para o 4.
Penso que o trio peso, tela maior e processador melhorou em muito o uso do aparelho e quanto mais eu uso mais difícil fica voltar para o 4S. De novo, toda a filosofia é que o iPhone fique cada vez mais iPhone, é inovar pela evolução. Eu recomendo muito para quem tem um iPhone 4 ou anterior e nem tanto para quem tem um 4S. Mas neste caso, não pegue muito no iPhone 5 dos amigos, pois o peso e a tela possuem um efeito mágico de atração 🙂

 

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Comments (

1

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  1. Rafael Paulino

    Como sempre a Apple arrebenta e o iPhone fica cada vez melhor!
    Só estou esperando preço baixar mais um pouco para eu mudar para o 5 também!

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